sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dá Licença

Me da licença que eu quero passar com a minha poesia
pois quem só pensa acaba criando monstros no armário
que tal apenas lembrar que na vida sempre teve sorte
e que esse caso não é diferente, do que os seus casos
Só porque olho pro céu ou pro mar, aves e paisagens
não quer dizer que acaso uma guerra vai se iniciar
pelo contrário procuro aliviar todo minuto penoso
longe de ti, na labuta diária com sol na cabeça
Mas se é preferível censurar em ironia as coisas que prezo
ou maldizer de impensado os passos tão retos que dou
lhe ofereço um espelho o mesmo que uso em meu dia a dia
já que não servem apenas os beijos e as juras de amor
Só não se assuste quando tiver que abrir a porta do armário
pois minhas criaturas são todas tão mansas, parece piada
mas monstros do mar fazem qualquer um se jogar da prancha
com o fascínio do canto da nova sereia em pele de marinheiro