é provável que o título não se adeqüe ao texto.
tenho percebido que o que corre em minhas veias não é sangue
o que impulsiona meus movimentos não são sistemas
e o que me faz refletir não vem do cérebro
da época sem amor, me lembro só de ter existido
e de algumas lágrimas forçadas
deste tempo lembro só de ter relembrado fatos do passado
e o fato mais curioso é que ansiava por esse vírus que acreditava ser imune
e quando ele chegou...
veio com toda aquela água, dessa vez difícil de estancar
quando está aqui, não me lembro de como era antes
e quando não está, se quer cada vez mais presente
paradoxo intrigante...
eu não tenho nenhum vício
nenhum daqueles que se possa realmente temer
mas quando não estou amando sobrevivo
e quando estou o mundo para
e vice-versa.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
Se cada dia cai
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Essa dor que carrego no peito
Eu sempre subestimei o tamanho da estrada
E com isso não notei que esta era encantada,
e crescia quilômetros a cada dia
Percebi isto da forma menos apropriada
nem o grito mais alto se ouvia
Nem sinais de que alguém me esperava
O longo caminho cansava as botas
desgastando as grossas solas
que eu pacientemente remendei
Lembro de quando esperar era fácil,
chegar na hora certa era fato
Mas agora já se passaram tantos dias!
Que posso entender que nem tudo é perfeito
e essa dor que carrego no peito
é de não conseguir te ver
E com isso não notei que esta era encantada,
e crescia quilômetros a cada dia
Percebi isto da forma menos apropriada

nem o grito mais alto se ouvia
Nem sinais de que alguém me esperava
O longo caminho cansava as botas
desgastando as grossas solas
que eu pacientemente remendei
Lembro de quando esperar era fácil,
chegar na hora certa era fato
Mas agora já se passaram tantos dias!
Que posso entender que nem tudo é perfeito
e essa dor que carrego no peito
é de não conseguir te ver
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Estalo!
Descobri que o meu amor não existe
E que há tempos tenho sonhado
com alguém imaginário
Por isso meu telefone não toca com frequência!
Por isso não tinha ninguém no dia dos namorados!
Percebi que o meu amor é nuvem
E que espalha e some como fumaça
Por isso parece que olho e não vejo!
Por isso que eu choro e não adianta de nada!
E que há tempos tenho sonhado
com alguém imaginário
Por isso meu telefone não toca com frequência!
Por isso não tinha ninguém no dia dos namorados!
Percebi que o meu amor é nuvem
E que espalha e some como fumaça
Por isso parece que olho e não vejo!
Por isso que eu choro e não adianta de nada!
Desalinhos

E de toda lasca
espero um brilho,
uma faísca, uma chama
ao invés de desgastar
E de todo atrito
aguardo um novo choque
mas que sirva pra polir
ao invés de desbastar
E desses fragmentos
receio um desapego
medo desse tormento
ao me decepcionar
Mas de todo encontro
anseio um recomeço
fruto de meu apreço
consequência de te amar
quarta-feira, 18 de junho de 2008
145 km
terça-feira, 17 de junho de 2008
Ao coração que sofre
Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
[Olavo Bilac]
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
[Olavo Bilac]
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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