quinta-feira, 26 de junho de 2008

O mal do amor

é provável que o título não se adeqüe ao texto.

tenho percebido que o que corre em minhas veias não é sangue
o que impulsiona meus movimentos não são sistemas
e o que me faz refletir não vem do cérebro

da época sem amor, me lembro só de ter existido
e de algumas lágrimas forçadas
deste tempo lembro só de ter relembrado fatos do passado

e o fato mais curioso é que ansiava por esse vírus que acreditava ser imune
e quando ele chegou...
veio com toda aquela água, dessa vez difícil de estancar

quando está aqui, não me lembro de como era antes
e quando não está, se quer cada vez mais presente
paradoxo intrigante...

eu não tenho nenhum vício
nenhum daqueles que se possa realmente temer
mas quando não estou amando sobrevivo
e quando estou o mundo para

e vice-versa.