sexta-feira, 24 de julho de 2015
Sofrência
não quero gostar de ninguém
eu não quero mais depender
de um amor que me faz sofrer
No começo é lindo, tudo são flores
você se apega
a conquista é doce, os beijos são muitos
ele não sossega
te liga de noite, vem de madrugada,
cheio de calor
ele te cativa, vê as raparigas
e foge do amor
sábado, 11 de julho de 2015
Encanto
me surpreende o fato de ter me encontrado
nestes teus olhos, sorriso e jeito calado
mas que falava muita coisa sem dizer
Sempre sentia aquele clima de magia
e a alegria de pisar no seu caminho
mesmo que um dia só, ou por um instantinho
vinha fluir no nosso abraço esse querer
Por isso faço tudo pra te ver
Ouvir seu canto e seu coração bater
E nesse canto esperarei sem te esquecer
Vem ser feliz vou te encantar mais uma vez
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Sobre morrer de amor
terça-feira, 16 de junho de 2015
Quando dá um nó
ficaram presas só no pensamento
e enquanto decidiam qual viria antes
o coração roía um ponto
um ponto de interrogação bem grande
bem do tamanho dessa estrada
e que teimava em aparecer de noite
roubando o travesseiro do amor.
E assim as lembranças voaram
imaginando quando vai chegar
o dia em que palavras serão beijos
chovendo livres rumo a te encontrar.
sábado, 2 de maio de 2015
A lógica do amor
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Mar
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
É Que Hoje Está Difícil
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Rastros Químicos
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Dá Licença
terça-feira, 3 de junho de 2014
Ouvi Falar
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Devir
Acordei mas não te vi
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Festa
sexta-feira, 21 de março de 2014
?
E se eu quiser ralar, sofrer, chorar e sorrir, ganhar, brilhar tudo na mesma proporção?
E se eu quiser ser essa dúvida, esse 'se', essa indignação do outro, essa dicotomia, essa dualidade, ser esses dois lados de todas as coisas?
E se o medo me fizer sentir viva?
E se a plenitude não for realizar-se?
E se eu me realizasse querendo ser exatamente o que eu sou?!
O limite não existe. O futuro é daqui a 1 segundo.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Poeminha Indignado de Fim de Noite
no som da canção
Balança ansioso
e vc é a razão
pela qual ele sustenta
esse peso um tempão
Uma dor que lateja
e se alguém pisa da dó
Ninguém merece
o pé doendo no forró.
sábado, 31 de agosto de 2013
Máquina do Tempo
pela falta de tudo
se aceitava qualquer coisa
Mas o tempo foi passando
e a saudade nem tanto...
Fingia desmanchar-se em cartas
dissipar-se em cabos,
dissolver-se em teclas,
diluir-se em hologramas
e nas noites de sono pesado,
se desfaz em uma máquina do tempo
só pra descobrir em que ano
será descoberto o teletransporte.
domingo, 4 de agosto de 2013
Ideia Fixa
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Emaranhado
enroscou-se em um fio de ouro
esquecendo que além de valioso
atava forte e criava nós quase intransponíveis.
Bailava em vôos rasos, sublimava em todos os sentidos
acreditava em laços, feixes, nunca em nuncas.
E foi perdendo as horas, nesse fio imaginário
os livros, as ideias, passatempos, nada tinha vez.
Preferia a inércia, sua suposta amiga,
rara, tenra, utópica e iludida,
encontrava a paz onde não buscava
evaporava em sonho, filtrado por lágrimas.
domingo, 30 de junho de 2013
A Natureza do Amor
Será o Grande Segredo de Caeiro,
aquele Grande Mistério dos poetas falsos,
uma metáfora aplicável ao coração?
Que não há um todo a que isso pertença,
Que um conjunto real e verdadeiro
é uma doença das nossas ideias?
Pq por coincidência, a verdade que todos andam a achar e não acham,
Só eu, pq a não fui achar, achei.
domingo, 24 de março de 2013
Pistache
E se pra sempre assim fosse
de um jeito ou de outro
coração metade seu
e a outra metade também
Já não seria mero impasse
olho direto no olho
luz no sorriso e um beijo
sei que percebe ir além
E cega os olhos do brilho
que emana a pele macia
serena flor de eucalipto
ou alguma mistura de amêndoa
Iremos mil vezes à Lua
brancos como flocos de vida
nos enroscaremos na preguiça
nó cego em concha, água viva!
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Pra ser sincero...
ou jurar que era arrogância pois sabia que era foco.
Mas tinha ao seu entorno tantos olhos ociosos,
tantos abraços maliciosos e tantas palavras etéreas,
que pra sua fuga, o pensamento costumava levitar nos momentos menos propícios.
Num desses lapsos, foi dormir com saudade.
Acordou com a ausência e passou o dia com vontade.
Por que a inveja é tão rasa?
Decerto se mergulhasse mais fundo descobriria o quão leviana é.
Perde-se tanto tempo com a frivolidade das aparências...
Mas que não seja esse sentimento a pauta!
Por que na verdade o tema é a falta,
mesmo quando transborda, ou parece sobrar.
E de tentar uma conclusão pruma quimera,
ganhou um tormento quase que inventado,
com doses de utopia que vira realidade quando se acorda...
Mas acordou com a ausência e passou o dia com vontade.
E num desses lapsos, foi dormir com saudade.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Mesma Paixão
Desculpe amigo mas vou ter que lhe dizer
que o que eu mais quero é sair da solidão
sei que teu caso é parecido com o meu
mas vamos ter que encontrar a solução
Mesmos lugares, mesmo gosto e interesses
e agora essa de sofrer mesma ilusão
eu sei que amigos compartilham sentimentos
só que no amor não pode haver divisão
Deixa acontecer, o destino que aponta
não vamos chorar se a sorte não bater
qualquer dia desses a verdade nos encontra
e nosso xamego há de um dia aparecer
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Gira Mundo
Ando tão cansado que não tenho nem mais pressa
Tão atordoado que não encontro uma razão
um motivo qualquer que me traga a esperança
pra continuar a caminhar sem seu amor
Ando tão descrente precisando de um carinho
Tão desesperado para ao menos te dizer
que a vida da gente é um pião é um moinho
e nesse gira e roda quero encontrar você
Pisa no meu chão, deita em minha rede
me fala baixinho que hoje a noite vai chover
Traz seu coração, vem devagarinho
diz pra solidão que logo mais eu vou te ver
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Paixão Difícil
Sem querer quando se apega
e sem saber se apaixona
não se cansa de sonhar
no embalo da sanfona
noites inteiras em claro
esperando aquela dança
bate o peito com a zabumba
quando a alma se encanta
não se escuta voz mais linda
que a do bem-te-vi amado
não há tilintar mais triste
que o triângulo tocado
refrão:
Eita amor difícil
mas que paixão violenta
te ver e não poder ter
meu coração não aguenta
[Meu primeiro xote! :)]
domingo, 10 de junho de 2012
Só que não
palavras tenras
lágrimas perdidas
um beijo terno
juras de afeto
e uma estrada tão longa quanto a da ida.
essa bomba certa
só errou a festa
sem relógio e sem aviso.
ja sabia.
ja tentava.
ja queria.
só que não.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Mágico Trágico
nem pó de estrelas,
aquela fumaça
impedia a visão.
De hora em hora
olhava a cartola,
mas sem surpresas
nenhuma expressão.
E assim permanece
parado no tempo,
vivendo saudades,
coelho na mão.
Arrisca uma prosa,
espreme anedotas,
tudo embaçado
cor de carvão.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
A Maldição do Amor
desejaria nunca ter voltado;
desejaria nunca ter insistido;
nem nunca ter te amado.
Eu desejaria ser mais forte,
enfrentar tudo calmamente;
eu desejaria seu desprezo,
mas te desejo eternamente.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Poemas Incompletos I
que esconde tantos caminhos
Com a sola gasta de muitas andanças
Vejo o homem, o pássaro,o rapaz e a criança
Todos misturados em sua pele rôta.
Não tem vaidade, idade, pertences
ao verde em florestas e estrelas cadentes
Concentra no tato um calor hedonista
Conserva no hálito o fel do amor.
Da boca ouço música,
da flauta mais doce
que encanta o pasto, as sereias e as fadas
me enrolo em suas tranças,
conheço suas marcas
e choro a magia que faz desaparecer.
Poemas Incompletos II
em sono profundo
Me deite em seu peito
e respire fundo
Que eu sinta em seu corpo
teu raro perfume
e que eu ouça o bater do teu coração
Em sonho voarei
de mãos dadas contigo
Me verás descalça,
cordão e vestido
Sentirás alegria, calor e apego
E minhas mãos perdidas em seus cabelos.
domingo, 4 de abril de 2010
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Ainda Lembro
eu você em qualquer lugar
dizendo "onde você for eu vou"
e quando eu perguntei
ouvi você dizer
que eu era tudo o que você sempre quis
mesmo triste eu estava feliz
e acabei acreditando em ilusões
eu nem pensava em ter
que esquecer você
agora vem você dizer
"amor, eu errei com você
e só assim pude entender
que o grande mal que eu fiz
foi a mim mesmo"
vem você dizer
"amor, eu não pude evitar"
e eu te dizendo
liga o som
e apaga a luz
[marisa monte/ ed mota]
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
O que me importa
Se é muito tarde para amar você
O que me importa se você me adora
Se já não há razão pra lhe querer
O que me importa ver você sofrer assim
Se quando eu lhe quis você nem mesmo soube dar amor
O que me importa ver você chorando
Se tantas vezes eu chorei também
O que me importa sua voz chamando
Se pra você jamais eu fui alguém
O que me importa essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar tem mais tristezas pra chorar que o seu
O que me importa ver você tão triste
Se triste fui e você nem ligou
O que me importa o seu carinho agora
Se para mim a vida terminou
[marisa monte]
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Nossa Flor
não tinha as mesmas cores,
nem os mesmos sabores,
todo ritmo parecia lento,
como o prenúncio de algo que não vem.
Sentia o calor delirante,
e a dor de um corte profundo,
mas só chorei quando cheguei em casa,
e a nossa flor não estava mais lá.
Eternidade?
era pra durar 3 dias,
e ambos nem chegaram a se completar.
o sopro de esperança caiu da janela
e levou o meu coração junto.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Prova de Amor
Mas só pra te provar
aquilo que você não me prova
por aproveitar por aí,
por provar que provas não provam nada.
domingo, 12 de abril de 2009
Me Desculpa
mas sua voz é toda música
E eu esqueço todos os poemas
só de lembrar
Só não pense, meu anjo,
que isso é mero descuido
o amor tem dessas coisas
faz desconcentrar
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Piegas Não
e acabar o martírio que é te amar
Capaz de voltar o furor filosófico
e as palavras tornarão a surtir efeito.
As rimas não serão tão óbvias,
ou não haverão
E outros temas igualmente importantes
talvez voltem a inspirar meus poemas
Assim que a cabeça voltar pro lugar
e os pés tocarem o chão
Assim que o pensamento aterrisar
e o coração bater em seu ritmo normal
Bem verdade que serão mais raros
porém não serão escravos
Ainda piegas mas sem a intenção
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Eu disse sim
dos beijos escondidinhos
Você me olhava nos olhos
pedindo mais um pouquinho
Ai que saudade daquele tempo
e o tempo nem passou muito
Você perguntou baixinho:
Vamos ficar velhinhos juntos?
sábado, 7 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
Cor-de-rosa
quando o onibus te leva
e porque gosto de você
com a naturalidade mansa
de não perguntar-me,
e porque meu coração boceja
aconchegado,
e porque nossos olhos pulsam
lado a lado, ....
é por uma porção de coisas
mágicas
que quando você pinta
sinto a temperatura da vida
e em teu beijo
um gosto de amor juvenil
e eterno como se a eternidade
fosse a plenitude do instante
{Elysio}
domingo, 22 de fevereiro de 2009
De onde vem a calma?
calmaria.
ri da alma!
ri da vida!
vem da alma,
ri Maria
vai com calma
ri Marina
rima em prosa
de quem ama
ri do agora
Mariana!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
2 0 0 9 ?
domingo, 14 de dezembro de 2008
Linda Lua
domingo, 30 de novembro de 2008
Tempo
Alguma coisa acontece
Só porque...
sábado, 29 de novembro de 2008
sábado, 1 de novembro de 2008
SÓ PORQUE NÃO FUI AO for all.
EM DEZ IMBECIS NO MUNDO... E EU SOU TODOS ELES!!!
SOMOS DIFERENTE TU E EU
TENS FORMA E GRAÇA E A SABEDORIA DE CRESCER ATÉ DAR PÉ
NÃO SEI DE ONDE VIM NEM SEI ONDE QUERO CHEGAR
SÓ SEI QUE EU SÓ SIRVO PARA UMA COISA QUE EU NÃO SEI QUAL É
ÉS DE UMA PIPA E EU DE UM CRIPTO
TU-LIPA
EU-CALIPTO.
{Post por Fabiano Freitas}
sábado, 20 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Sol de Primavera
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...
[Composição: Beto Guedes / Ronaldo Bastos]
sábado, 30 de agosto de 2008
Pablo Neruda
Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.
Pablo Neruda
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Noite de Luar
a cidade já desaparecia ao longe,
como pontos brilhantes no horizonte.
apesar do cansaço e da fome
um ar de satisfação por pisar em folhas e galhos,
rumo ao topo mais alto daquela montanha.
Foi quando se deu o espetáculo;
e ela apareceu linda diante de seus olhos:
enorme e brilhante.
Há tempos um largo prédio impedia esta visão.
Se era nova, cheia, crescente ou minguante,
não sabia. (não poderia saber)
Mas o que sentia agora era alegria
e assim ficou durante horas, olhando...
sentindo a noite cair em seus braços.
E como se Deus aparecesse naquele momento,
se viu acreditar.
e gritou tão forte que as corujas responderam.
E ele entendeu.
Entendeu que nenhum dia de sua vida,
comparar-se ia com uma noite de luar.

terça-feira, 5 de agosto de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
É ou não é?
e o inesperado bate à porta
É nao pensar demais
porque nunca se sabe
É fechar os olhos e
se deixar levar
É se surpreender
de tanto apaixonar
É isso tudo
aquilo que leva o tal vento
É tudo isso
que em um segundo é nada
Pra renascer no sorriso seguinte
Pra colorir nossa paz... nossa alma
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Meu coração
Bem-me-veja!
domingo, 13 de julho de 2008
Dia em Sol menor
já é dia! - gritei o mais alto que pude.
Mas no alto ela resistiu apontando que o
sol não é o único dono do céu,
e me convenceu.
Hoje o dia era azul, não havia nuvens
e na sombra ou no sol fazia frio.
Corri como quem fugisse de tudo
mas ela me seguia a todo lugar...
Que surpresa ver a lua quando esperava ver o sol!
O que será que eu verei quando a noite cair?
quarta-feira, 9 de julho de 2008
O poeta...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
O mal do amor
tenho percebido que o que corre em minhas veias não é sangue
o que impulsiona meus movimentos não são sistemas
e o que me faz refletir não vem do cérebro
da época sem amor, me lembro só de ter existido
e de algumas lágrimas forçadas
deste tempo lembro só de ter relembrado fatos do passado
e o fato mais curioso é que ansiava por esse vírus que acreditava ser imune
e quando ele chegou...
veio com toda aquela água, dessa vez difícil de estancar
quando está aqui, não me lembro de como era antes
e quando não está, se quer cada vez mais presente
paradoxo intrigante...
eu não tenho nenhum vício
nenhum daqueles que se possa realmente temer
mas quando não estou amando sobrevivo
e quando estou o mundo para
e vice-versa.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Se cada dia cai
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Essa dor que carrego no peito
E com isso não notei que esta era encantada,
e crescia quilômetros a cada dia
Percebi isto da forma menos apropriada

nem o grito mais alto se ouvia
Nem sinais de que alguém me esperava
O longo caminho cansava as botas
desgastando as grossas solas
que eu pacientemente remendei
Lembro de quando esperar era fácil,
chegar na hora certa era fato
Mas agora já se passaram tantos dias!
Que posso entender que nem tudo é perfeito
e essa dor que carrego no peito
é de não conseguir te ver
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Estalo!
E que há tempos tenho sonhado
com alguém imaginário
Por isso meu telefone não toca com frequência!
Por isso não tinha ninguém no dia dos namorados!
Percebi que o meu amor é nuvem
E que espalha e some como fumaça
Por isso parece que olho e não vejo!
Por isso que eu choro e não adianta de nada!
Desalinhos

E de toda lasca
espero um brilho,
uma faísca, uma chama
ao invés de desgastar
E de todo atrito
aguardo um novo choque
mas que sirva pra polir
ao invés de desbastar
E desses fragmentos
receio um desapego
medo desse tormento
ao me decepcionar
Mas de todo encontro
anseio um recomeço
fruto de meu apreço
consequência de te amar
quarta-feira, 18 de junho de 2008
145 km
terça-feira, 17 de junho de 2008
Ao coração que sofre
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
[Olavo Bilac]
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Anti-Posse
para não me saturar
de tua imagem
É preciso que deixe de ser importante
tu me procurares
pois na medida
em que me sinto livre
te vejo chegar:
quanto mais longe de ti
mais estás aqui.
Vou ao teu encontro,
como se não existisses
e surpreendentemente
estás próxima do meu corpo.
Eu te aguardo,
para viver minha maior surpresa.
Eu te aguardo,
sem querer te esperar,
daí a minha urgência.
Faço um incêndio
das lembranças tuas,
sem saber que eras as chamas
em que me deixo arder.
Eu me escondo na noite
de tua ausência
e me despejo (me despojo)
nos braços de tua aurora chegante.
Eu te amo
porque nada quero (cobro) de ti.
Eu tenho tudo o que és
porque não te possuo
porque não és minha.
{Poema de Flávio Nascimento}
domingo, 4 de maio de 2008
Amanita Muscaria
este suor frio na testa
nada tem a ver com o que o sorriso revela
sentindo no corpo
a respiração da floresta
o vai e vem das paredes
e o ondular das janelas
a chuva pinga em multicores
o que jamais conheci com outras ervas
sincero, confesso
não penso mais nela
se fecho os olhos vejo flores e amebas
o chão parece coberto de esferas
e eu sinto vontade imensa de cantar!
lá lá lá...
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Fernando Pessoa
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.
A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.
Dorme, dorme, dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Paisagem

uma paisagem,
tom sobre tom.
Ela, sereia, em ondas leves
formadas pela brisa
pernas pedras e coxas
feições plácidas
colo meio amostra
mão estendida
Ele, Lobo, furacão do mato
marcas cachos e músculos
cabeça a voar
Ela-rio, cachoeira-ele
dedos, mãos, leve pouso
Ela Rio, cachoeira dela
-Repousa em meu leito já que
nasces de um toque
-Tenho pressa, sou correnteza
não devo parar
domingo, 6 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Coragem

Passeava eu no campo
acompanhando uma borboleta
Certa vez acordei cedo
e não a vi
Pra não andar sem rumo esperei
na beira de um rio
e quando ela veio
não pude deixar de me alegrar
Mas era outra trazendo um recado,

que eu não mais teria minha borboleta azul
E eu já sem rumo e tão preocupada
permaneci no rio enfrentando as duras cheias
Muitos dias, semanas depois,
a borboleta mais linda voltou
e abriu o nevoeiro que
havia em minha frente de tal forma
que nem pude atirar as pedras que separei
A partir de então ela me guiava só de noite
às vezes nem estava lá

e eu sempre com as pedras no bolso
mas sem coragem de atirar
Porque quem aprecia um azul cor de céu
acaba lidando com o sublime
e nos segundos que ocorre a caminhada
desmedido é o avanço na relva
O bolso pesado incomoda
mas prefiro continuar só andando
o medo de não ter o chacoalhar de suas asas
se reforça na paz que por hora triunfa
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Ilusão
e precisavam de nós dois pra acontecer
mas você seguiu outro caminho
blefando promessas
E todos os planos pra amanhã e depois
não se concretizariam
Tamanho foi o desânimo
que mal pude discordar
engoli seco;
deitei pra molhar o travesseiro;
fui andar;
tomei sorvete;
não adiantou.
O dia não acabara ainda e
não devo matar a esperança
Mas tamanho foi o desânimo
que já não espero
pra não ficar na vontade
Tão perto e tão longe
Não era pra ser assim
Assim doi mais...
muito mais.

quarta-feira, 2 de abril de 2008
Presente
estás por aqui.
E esqueço os momentos passados
o futuro idealizado
e o silêncio da solidão.
Um presente! Não nego:
estás por aqui.
E felizes são meus olhos
porque posso te ouvir
ainda há distância
mas há de convir,
que nada é perfeito
e é preciso compartilhar.
Se faz presente:
estás por aqui.
Reconheço a tristeza
mas esta não vinga,
quando perto não lembro
porque antes sofria
e só tenho sorrisos
mesmo ouvindo o silêncio
digo que sim e finjo que entendo
porque estou aqui sozinha
mas
estás logo ali.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Jardineiro

e que coleciona flores
Não deve ser fácil
cuidar de tantos jardins
Ventos sopram seu sobrevôo
em outros campos
E aguardo na relva
sem muito preocupar
Às vezes à noite quando
o silêncio é latente
gotas salgadas ajudam
o solo a se manter arado
Embora já falte uma
de minhas pétalas
jardineiro que és não me
deixas murchar.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Odisséia
e meu poema não passa de duas linhas
Talvez porque eu não ache no inverno
o conforto que encontro ao lado do meu amor
Nuvens cinzentas escondem as palavras
e deliro que haja algum sentido
pra estas enchentes,
porque quando não se escutar mais
o canto das sereias
transbordarão tantos beijos quantos forem
os pingos dessa chuva.

sexta-feira, 21 de março de 2008
Lua Nova
plenamente à mostra.
E me banho com sua luz fria,
de olhos fechados,
sorriso nos lábios,
cabeça erguida...
Tudo de bom e ruim que havia antes
eu não mais teria.
Nova fase: solidão.
Boas vindas ao inédito!
Mas que vá embora tão rápido quanto chegou
terça-feira, 18 de março de 2008
Alberto Caeiro

E não agrade por estar muito antes das maneiras.
É preciso ter modos pra todas as cousas,
E cada cousa tem seu modo, e o amor também.
Quem tem o modo de ver os campos pelas ervas
Não deve ter a cegueira que faz fazer sentir.
Amei, e não fui amado, o que só vi no fim,
Porque não se é amado como se nasce mas como acontece.
Ela continua tão bonita de cabelo e boca como dantes,
E eu continuo como era antes, sozinho no campo.
Como se tivesse estado de cabeça baixa,
Penso isto, e fico de cabeça alta
E o dourado do sol seca as lágrimas pequenas que não posso deixar de ter.
Como o campo é grande e o amor pequeno!
Olho, e esqueço, como o mundo enterra e as árvores se despem.
Eu não sei falar porque estou a sentir.
...
(Fernando Pessoa)
domingo, 16 de março de 2008
Saudade
sábado, 15 de março de 2008
A vida muda
sexta-feira, 14 de março de 2008
Babilônia
e entardeceu da mesma forma
mas eu não percebi
porque quando céu é branco me perco nas horas
e me perco em mim mesma
e de alguma forma esqueço a babilônia
porque o céu daqui não tem tantas estrelas a noite
mas quando está branco aqui...
está branco em todo lugar
Gaia

Gaia - Deusa Grega da Terra;
Gaia - Hipótese científica da Terra como ser vivo;
Gaia - Conceito filosófico relativo à sobrevivência da vida na Terra.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Coisa Linda
olho o azul do céu lilás;
leio as palavras de um livro sem capa;
vejo pessoas e não cores;
vejo a alma e não as pessoas.
Faz pouco tempo que percebi isso como dádiva,
antes era um gosto esquisito-
um motivo de risada.
Hoje a risada da lugar a um sorriso suave
que repousa nos lábios da mais bela flor
Mas só eu sei disso. E só eu entendo.
Quando aprendi a ver corações ao invés de pessoas
foi que descobri que eu não era diferente
E passei a me ver no olhar do outro enquanto falo.
Alma, coração e olhar costumam me guiar,
e como 3 direitas viram uma esquerda,
voltam as risadas e toda aquela interrogação.
sábado, 8 de março de 2008
Incondicional
além do que se espera
de incondicional tentar
por outonos, primaveras
Saboroso é o deleite
ilusão a qual se entrega
de irracional pensar
em seus beijos, quem me dera!
Conceitos
ou até coniventes
conceitos esbarram
num lado da mente
em que todo homem são
se transforma demente
quando para e percebe que pensa em vão.
Não vale de nada
a palavra que prega
é mais forte que o forte
prisão que renega
e o inútil se cabe na batalha de então.
De alma vendada
olhos bem abertos
sentimentos se trancam
em valores cobertos
e o gosto cinzento
amarga a beleza
no tato não-sincero
da real visão.
E então um colapso
invade o sensato
e o abismo do fútil
se encontra a um passo
onde a queda do corpo
é alívio imediato
provocando na mente
intenso torpor.
(31-05-05)